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Após Ibama negar licença, Lula diz achar "difícil" haver problema em exploração de petróleo na foz do Amazonas
22/05/2023 18:52 em Política

Foto: Divulgação/Petrobras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que o governo não emitirá licença para a Petrobras pesquisar uma possível bacia de exploração de petróleo próxima à foz do Rio Amazonas, na costa marinha do Amapá, se isso gerar problemas ambientais para a região.

 

No entanto, o presidente disse "achar difícil" que haja esse impacto para o meio ambiente já que, segundo ele, o ponto de possível exploração fica a 530 km de distância da foz do rio - a estatal, no entanto, queria fazer uma perfuração teste a apenas 175 km da costa.

 

 

 

As informações são do portal G1.

 

"Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]", declarou.

 

O presidente falou sobre o tema pela primeira vez antes de embarcar de volta para o Brasil, em Hiroshima. Lula foi ao Japão para participar como convidado da cúpula do G7, que reúne os países mais industrializados do mundo.

 

Pesquisa negada

Nas últimas semanas, o Ibama negou autorização para a Petrobras perfurar um poço de petróleo no litoral do Amapá, área considerada a foz do Rio Amazonas. A estatal aguardava esse aval para fazer uma perfuração de teste a cerca de 175 quilômetros da costa.

 

Um parecer contra a perfuração já havia sido divulgado pela área técnica do Ibama. Agora o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, acompanhou o parecer.

 

O documento técnico apontou que o plano da Petrobras para a área não apresenta garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo.

 

Outro ponto destacado seriam lacunas quanto à previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.

 

A decisão do Ibama gerou atritos no governo e entre parlamentares da região amazônica.

 

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), anunciou na última sexta sua saída do partido Rede Sustentabilidade – fundado pela atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A disputa sobre a exploração de petróleo na região é apontada com um dos fatores para o desgaste.

 

Nas redes sociais, usuários lembraram do desastre ambiental da plataforma Deepwater Horizon, no golfo do México, em abril de 2010, no Golfo do México, no Prospecto Macondo, operado pela BP, considerado o maior derramamento de óleo marinho na história da indústria do petróleo sendo de 8 a 31 por cento maior em volume do que o maior anterior, o derramamento de óleo Ixtoc I, também no Golfo do México.

 

O vazamento iniciado após uma explosão na plataforma a 66 km da costa da Louisiana levou cinco meses para ser selado.

 

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