A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (25), a operação Teste Falso.
O objetivo é apurar o desvio de cerca de R$ 400 mil em verbas federais destinadas à saúde pública em Curitibanos, na região Serrana de Santa Catarina.
Na ação a PF, cumpre sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, com o fim de obter provas sobre possíveis fraudes na elaboração de exames de Covid-19.
Além da autorização para realização das buscas, foi decretado o sequestro e a indisponibilidade de bens dos envolvidos.
Foto: PF/Divulgação
Instaurado no ano de 2022, o inquérito policial teve início com o compartilhamento de informações encaminhadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), narrando possíveis fraudes na elaboração de exames RCT-PCR, utilizados na identificação de contaminados pelo vírus da Covid-19.
As investigações apontaram indícios de que alguns laboratórios sediados na cidade catarinense teriam aplicado testes-rápidos de Covid-19 nos cidadãos como se fossem do tipo RCT-PCR, que é mais complexo e mais caro para os cofres públicos.
Pelos cálculos iniciais, a diferença dos custos desses exames, que eram pagos pela municipalidade, pode ter gerado um prejuízo superior a R$ 400 mil.
O inquérito policial segue em curso e os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de peculato, fraude em licitação e associação criminosa, cujas penas máximas somadas podem chegar a 23 anos de prisão.