O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou a um grupo de deputados o acesso ao detalhamento de gastos dele durante as viagens ao exterior, que já teriam custado R$ 2,6 milhões do cartão corporativo aos cofres públicos e mais R$ 6,6 milhões ao Ministério das Relações Exteriores.
As informações são da Gazeta do Povo, e dizem respeito a um requerimento feito pela deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP) com outros dez parlamentares.
O grupo pedia à Casa Civil o acesso aos dados. Em despacho, o grupo foi informado de que estes registros são classificados como “reservados” por colocarem “em risco a segurança do presidente e vice” e de familiares.
A Casa Civil explicou que demais despesas sob atribuição da Secretaria de Administração, como serviços de apoio, telefonia e seguro de viagem internacional, têm caráter público e são disponibilizadas após ser concluída a prestação de contas.
O mesmo, diz a pasta, ocorre com gastos de locação de veículos, diárias e passagens aéreas.
O ministério afirmou, ainda, que os deputados e senadores podem convocar “ministros ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à presidência a prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado”.
Entre os gastos que podem ser tornados públicos, estão R$ 5,4 milhões na viagem à China e R$ 1,2 milhão aos Emirados Árabes Unidos em abril. Do total de R$ 6,6 milhões, o governo gastou R$ 3,2 milhões com hospedagem, R$ 1,3 milhão com aluguel de carros e R$ 500 mil com intérpretes.
Já a viagem ao Reino Unido para a coroação do Rei Charles III, em maio, custou R$ 3 milhões.
Por outro lado, o Portal da Transparência do governo não detalha quais foram as despesas do cartão corporativo do presidente.