Foto: Twitter/Presidente da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiu um comunicado na noite desta sexta-feira (25) ordenando que os combatentes do Grupo Wagner assinem um documento jurando lealdade à Rússia.

As informações são do jornal britânico The Guardian.

O anúncio foi feito dois dias depois de anunciada a morte do líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, em uma queda de avião na última quarta-feira (23).

O decreto busca silenciar o que Putin chamou de “especulações ocidentais” de que a queda do avião que levava Prigozhin teria sido uma ordem dele. Segundo o mandatário Russo, a alegação é uma “mentira absoluta”.

O Kremlin preferiu não confirmar a morte dele, pedindo que sejam aguardados os resultados de mais testes.

A ordem tem efeito imediato, de acordo com o Kremlin. O objetivo é aumentar o controle do Estado sobre o grupo paramilitar e evitar novos motins.

O comunicado exige que todos os combatentes na "operação militar especial" na Ucrânia - eufemismo russo para a guerra - assinem o “juramento de lealdade à Rússia, seguindo estritamente as ordens dos seus comandantes e superiores e cumprir inteiramente as suas obrigações”.

A companhia mercenária Wagner foi fundamental para a Rússia não só na Ucrânia, mas também para garantir apoio de países como Bielorrússia, Síria, Niger e Burkina Faso, com atuação de combatentes do grupo nestes locais.

A expectativa é que, com a morte de Prigozhin, o próximo líder do grupo Wagner seja escolhido pelo Kremlin.