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Seca na Amazônia: rios estão diminuindo 20 centímetros por dia
29/09/2023 14:32 em Geral

Em resposta à crítica situação da seca na região Norte do país, o governo federal e o governo do Amazonas anunciaram na terça-feira, dia 26, uma força-tarefa com o objetivo de combater os efeitos da estiagem, que já afeta mais de 110 mil pessoas.

 

A ação inclui o envio urgente de cestas básicas e água, além do reforço nas operações de combate a incêndios. Também foram acordados apoio logístico, acesso a programas sociais federais e a liberação de emendas parlamentares.

 

 

O governo federal destinou R$ 141 milhões para obras de dragagem em rios afetados pela seca, abrangendo áreas no Amazonas e Rondônia. Serão realizadas duas dragagens emergenciais nos rios Solimões, Amazonas e Madeira.

 

Cheias no Sul, seca no Norte do país

A seca na Amazônia tem origem no fenômeno El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do oceano Pacífico. Conforme previsões de climatologistas internacionais, o El Niño deste ano pode superar substancialmente o último evento mais forte, persistindo até fevereiro de 2024.

 

Os efeitos da seca já são visíveis em grandes rios de toda região Norte, como o Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. O nível do rio Negro, um dos maiores afluentes do Rio Amazonas, está diminuindo 20 centímetros por dia, conforme o Serviço Geológico do Brasil.

 

De acordo com informações do INPE, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o volume de chuvas na Região Norte está abaixo da média histórica. No Amazonas, dos 62 municípios, 59 enfrentam a estiagem, sendo que 15 estão em estado de emergência.

 

O governador do Amazonas, Wilson Lima, prevê um aumento significativo no número de afetados pela estiagem, possivelmente atingindo 500 mil pessoas até outubro. Ele também expressa preocupação de que a seca em 2024 possa ser ainda mais severa, devido ao baixo nível dos rios no momento.

 

A seca atual é agravada por fatores como desmatamento, expansão agrícola e garimpos ilegais, que contribuem para a degradação das matas ciliares e o assoreamento dos leitos dos rios, alerta o coordenador do Instituto Madeira Vivo, Iremar Antonio Ferreira. O aquecimento global também tem intensificado esse fenômeno, elevando as temperaturas médias das águas em todo o mundo.

 

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