Morreu na manhã desta segunda-feira (24), após sofrer uma parada cardiorrespiratória, Jonatas H Openkoski, de 5 anos, que possuía AME (Atrofia Muscular Espinhal).
Seu corpo foi cremado em Balneário Camboriú. O menino ficou conhecido pela campanha AME Jonatas, que repercutiu nacionalmente e que virou alvo da justiça em 2018 por mau uso dos recursos arrecadados pelos pais.
Segundo o Ministério Público, mais de R$ 200 mil da campanha teriam sido gastos em bens sem relação com a saúde da criança, como carro de luxo, viagem e celulares, além de despesas com academia, restaurante e balada.
Na última quarta-feira (19), os pais do pequeno Jonatas, denunciaram o hospital Pequeno Anjo, de Itajaí, por negligência, Nas redes sociais, o pai do bebê, Renato Openkoski, afirmou que os médicos “cortaram o pescoço” de Jonatas. “Quase degolaram meu filho”, afirmou o pai do bebê pelas redes sociais. De acordo com Renato, Jonatas voltou para casa ainda sangrando. “Queremos justiça pelo foi feito”, afirmou.
Em outra publicação, a família pede justiça.
"Vivemos momentos de horrores, presenciando algo que jamais passaria por nossas cabeças. Só de pensar que poderia ter sido um corte ainda mais profundo e você tão pequeno não ter voltado para casa com nós, por uma imprudência de um ser que se diz médico, nossos corações já aceleram, ainda estamos abalados e sem acreditar no que fizeram com você nosso anjinho. Cuidamos tão bem de você já a 5 anos, com tanto amor e carinho, para fazerem uma atrocidade dessa e ainda terem a coragem de dizer que já estava nesse estado. Por você sempre faremos o melhor, e iremos até o fim do mundo por justiça. Que os culpados sejam punidos e que isso nunca mais se repita!"
O Hospital emitiu uma nota informando o procedimento.
Em nota de esclarecimento, o hospital informou que tomou conhecimento da denúncia pelas redes sociais e que não houve registro da queixa nos canais institucionais de comunicação do hospital.
Diante das acusações, a direção disse que constituiu uma comissão de investigação interna “como forma de reverificar e auditar todos os atos praticados dentro de nossas dependências, quanto ao caso específico”, informou a unidade.
A comissão de ética médica da instituição também iniciou um procedimento próprio de investigação. “Até o momento, não foram identificadas quaisquer condutas culposas ou dolosas praticadas pelos profissionais que prestaram atendimento à criança”, destaca a nota do hospital.
A direção ainda ressaltou que algumas informações foram erroneamente veiculadas pelos pais da criança quanto aos atendimentos e procedimentos adotados pela instituição. O hospital rebateu a acusação de suposta adulteração no prontuário médico da criança, explicando que o registro é eletrônico e não pode ser alterado.
“Jamais houve recusa ou demora para entrega deste documento”, afirma o hospital. Além das medidas para esclarecer o caso, a unidade afirmou que entrou em contato com as autoridades para prestar esclarecimentos, compartilhar documentos e ajudar na apuração dos fatos.