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Após polêmica provocada por podcaster Monark, Bolsonaro diz repudiar 'ideologia nazista'
10/02/2022 05:19 em Política

Em mensagem publicada na noite desta quarta-feira (9) em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro disse repudiar "sem ressalvas" a "ideologia nazista". De acordo com Bolsonaro, "outras organizações" como o comunismo, que segundo ele, "pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes", devem ser combatidas pelas leis brasileiras.

 

Na publicação, o presidente não menciona o caso do podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark. Durante episódio do Flow Podcast na última segunda (7), Monark disse que "tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei". Nesta terça-feira (8), o comentarista Adrilles Jorge fez um gesto apontado como saudação nazista durante participação em um dos programas da Jovem Pan. Ambos foram desligados das empresas.

 

"A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade", escreveu Bolsonaro.

 

Bolsonaro disse que uma ideologia como a nazista destruiu milhões de vidas e que isso "exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização".

 

O presidente disse reiterar apoio aos judeus, que, segundo afirmou, sofrem "com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave".

 

"Somos um povo maravilhoso, acolhedor. Repito: em uma família brasileira há mais diversidade do que em qualquer nação no mundo. O Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado", escreveu o presidente.

 

Bolsonaro manifestou ainda o desejo de que a polêmica gere um "momento de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar no Brasil.

 

"Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação", afirmou o presidente.

 

O presidente também afirmou que intensificou as relações bilaterais com Israel e deu apoio a iniciativas como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA).

 

 

PGR vai investigar declarações de Kim Kataguiri e Monark sobre nazismo

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou nesta terça-feira, dia 8, a instauração de procedimento para que seja apurada a prática de eventual crime de apologia ao nazismo tanto pelo deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP) quanto pelo apresentador do Flow Podcat, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Em razão disso, o locutor foi desligado do programa. A investigação foi motivada por representações enviadas ao Ministério Público Federal (MPF).

 

Nesta segunda-feira, dia 7, o apresentador Monark mostrou-se favorável à existência legal de partido nazista no Brasil. Já o parlamentar disse que foi um erro a Alemanha ter criminalizado o partido nazista, responsável pelo Holocausto. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes usaram seus perfis no Twitter para enfatizar que apologia ao nazismo é crime no Brasil.

 

De acordo com a PGR, "o teor das declarações será analisado pela assessoria criminal de Augusto Aras em função de o caso envolver parlamentar com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF)".

 

"A mensagem veiculada no programa repercutiu tanto na imprensa quanto no meio jurídico. A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), por exemplo, lembrou que 'o direito à liberdade de expressão não é absoluto e repudiar o nazismo é uma tarefa permanente, que deve ser reiterada por todos'", destacou a PGR em comunicado, e lembrou:

 

"Embora não possa se posicionar sobre o caso específico — que será devidamente apurado —, a PGR reitera posição contra o discurso de ódio já externada em mais de uma oportunidade. A mais recente, na abertura do ano judiciário, afirmou ser imprescindível a união das instituições para 'repudiar veementemente' o discurso de ódio, lembrando que a Constituição reconhece e preconiza o respeito às diferenças, ao pluralismo e ao multiculturalismo. 'Todo discurso de ódio deve ser rejeitado com a deflagração permanente de campanhas de respeito a diversidade como fazemos no Ministério Público brasileiro para que a tolerância gere paz e afaste a violência do cotidiano', frisou na oportunidade".

 

 

 

 

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