PF investiga grupo suspeito de fraudar milhões do auxílio emergencial
Segurança
Publicado em 12/04/2022

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (12) mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que recebeu ilegalmente R$ 6 milhões em benefícios do auxílio emergencial. O recebimento dos valores, pagos pelo governo a parte da população em razão da pandemia de Covid-19, foi conseguido por meio de fraudes.

 

A Operação Contágios também cumpre determinação judicial da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de sequestro dos bens dos investigados.

 

A ação é parte da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (Eiafae), da qual participam a PF, o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Caixa, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Cidadania.

 

Segundo a PF, os objetivos da Estratégia são identificar fraudes massivas, desarticular organizações criminosas e recuperar aos cofres públicos os valores pagos indevidamente.

 

Duas mulheres são presas pela PF por fraude na concessão de auxílio emergencial no MT

 

 

A Polícia Federal, a partir de informações do setor de inteligência e segurança da Caixa Econômica Federal, prendeu em flagrante no fim da tarde desta segunda-feira (11), duas mulheres envolvidas em fraudes de auxílio emergencial.

 

As suspeitas são funcionárias de uma empresa terceirizada que presta serviços em uma agência da Caixa Econômica Federal em Várzea Grande/MT e participavam do esquema alterando os e-mails no cadastro dos clientes.

 

Para realizar as alterações nas contas, as mulheres usavam o token de um gerente da agência antes de sua chegada ao trabalho. A partir das alterações dos e-mails dos clientes, a associação criminosa tinha acesso às contas dos clientes pelo aplicativo “CAIXA Tem”, alteravam a senha e passavam a fazer transações bancárias como pagamento de boletos, transferências e PIX. Só na data de ontem, foram alterados os cadastros de mais de 120 clientes da Caixa.

 

A Polícia Federal está investigando os responsáveis pelos saques e fornecimento dos CPFs dos beneficiários do auxílio e que repassavam às suspeitas o pagamento pelas alterações realizadas no sistema.

 

Umas das presas informou que recebia um percentual de 50% de cada valor obtido com a fraude e a outra que recebia o percentual de 25%.

 

Na ação dessa segunda-feira, verificou-se que as contas fraudadas eram apenas de homens enquadrados no auxílio por serem pais solteiros ou chefes de família, que criam filhos sozinhos, sem cônjuge, companheiro ou companheira.

 

Durante a prisão, dentro da agência, uma das mulheres portava em sua bolsa quase R$ 3 mil em espécie e confirmou aos policiais que tinha acabado de receber esse dinheiro proveniente do esquema criminoso. A outra mulher decidiu entregar quase R$ 50 mil que estavam em sua casa.

 

Além do dinheiro em espécie, foram apreendidos documentos, celulares e uma lista com nome e CPFs das vítimas.

 

Comentários