Foto: Foto Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Gulfstream/Divulgação
Um relatório produzido por uma área técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou “irregularidade grave” na doação de R$ 660 mil feita ao Partido dos Trabalhadores (PT) pelo empresário José Seripieri Filho, fundador da rede Qualicorp e dono da Qsaúde.
As informações são da coluna de Malu Gaspar, no Jornal O Globo.
Seripieri Filho é dono do jatinho que levou Lula do Brasil para a conferência climática da ONU que acontece no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh.
Pelas regras fixadas em uma resolução do TSE, os partidos políticos e os candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a informar, dentro de 72 horas corridas, a Justiça Eleitoral sobre os recursos financeiros recebidos.
O prazo começa a contar a partir do momento em que o dinheiro é depositado nas contas do partido. Mas segundo o relatório, o PT não respeitou o prazo para declarar uma doação de R$ 660 mil de Seripieri. O partido teria informado o recurso apenas no dia 3 de outubro, um dia após o primeiro turno das eleições - e seis dias após o recebimento dos valores, no dia 27 de setembro.
Entre as doações feitas ao PT por pessoas físicas, o relatório da Asepa elenca apenas a de Seripieri Filho como não tendo o prazo respeitado.
Além dos R$ 660 mil para a direção nacional do PT, Seripieri Filho doou R$ 500 mil para a campanha de Lula – foi o segundo maior doador individual do presidente eleito.
O empresário também doou R$ 400 mil para o diretório nacional do PSD e R$ 300 mil para a candidata Thainara Faria (PT), que disputou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo. Thainara acabou eleita com 91,4 mil votos.