Motociata será realizada em homenagem e motoboy que morreu em acidente em Guaramirim
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Publicado em 14/04/2023

Uma motociata será realizada para lembrar a memória do jovem David Wilhian Chaves, de 23 anos.

 

Ele teve a vida ceifada um acidente causado por um motorista embriagado na SC-108, em Guaramirim.

 

 

 

Seis meses após a fatalidade, parentes e amigos vão se reunir na manhã deste sábado (15), na frente Guará Lanches, na rua 28 de Agosto, local onde a vítima trabalhava como motoboy.

 

A concentração ocorre por volta das 9h e a manifestação segue até o quilômetro 33 da rodovia, no ponto em que ocorreu o acidente.

 

A mãe de David, Nilce Wieczynski, conta que a batida causada pelo condutor do Fiat Linea, de 22 anos, ocorreu há 200 metros da casa em que morava com o filho.

 

Ele estava trafegando na contramão e atingiu a Yamaha Fazer em cheio.

 

“Lidar com esse sentimento é muito difícil. A cada dia que passa parece que a dor não diminuir, só aumenta. Eu imagino ele todo momento junto comigo. Ele era muito apegado a mim”, lembra. “Naquele dia, ele me ligou e estava triste porque o computador havia estragado. Falei para ele que estava tudo bem e que a gente iria dar um jeito nisso. Ele me mandou fotos com os gatinhos que amava e essas foram as últimas palavras que troquei com o meu filho”, completa.

 

Descrito como uma pessoa muito feliz, Nilce conta que David transmitia uma energia muito boa para as pessoas.

 


David morava com a mãe e morreu há cerca de 200 metros de casa | Foto: Arquivo Pessoal

O jovem se dava bem com todo mundo, de crianças até pessoas idosas.

 

Segundo ela, o rapaz tratava todas as pessoas com muito amor e carinho.

 

“Ele era uma pessoa que estava sempre sorridente e brincava com todo mundo. Independente da situação, ele não demonstrava os problemas que tinha. Era um jovem carismático e que se dava bem com todo mundo”, frisa.

 

Motorista embriagado

Nilce lamenta o fato de um jovem como David ser o responsável pelo acidente.

 

Ela conta que o motorista chegou a alegar que o acidente aconteceu na por causa da chuva.

 

Com o impacto causado pelo acidente, David foi jogado para as margens da pista.

 

“Quando foi prestar socorro para o meu filho, ele quase caiu em cima do corpo. Ele deu outros passos, caiu novamente e levantou. Ele caiu quatro vezes. Aí, ele vem e me diz que a chuva causou isso? A chuva que ele bebeu veio de dentro de uma latinha”, desabafa.

 

Ela conta que o motorista foi solto dois meses após o acidente.

 

A mãe reitera que a sensação de impunidade é completa e que não há explicação para a pessoa responsável pela morte do filho dela estar solta.

 

Com a aproximação da primeira audiência do caso, no dia 19 de abril, amigos e parentes decidiram realizar a manifestação.

 

“Isso é pra mostrar que ele não está sozinho. Ele não estava nem 200 metros de casa. Aí, vem um cara e tira a vida dele. Tirou como se fosse a de um animalzinho na rua. Como vai chegar essa audiência no dia 19, nós queremos fazer pressão para ver se isso é resolvido. Porque foi uma vida que ele tirou”, finaliza.

 

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