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Moro e Novo criticam aprovação de Zanin para STF; "precedente ruim para a corte"
22/06/2023 11:37 em Política

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Políticos de direita e o Partido Novo criticaram a aprovação do advogado Cristiano Zanin para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Zanin, que atuava como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos da Lava Jato, teve a indicação aprovada por 58 votos favoráveis dos senadores contra 18 contrários.

 

 

 

As informações são da Gazeta do Povo.

 

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou, na noite desta quarta-feira (21), que a aprovação de Zanin "abre um precedente ruim para a independência da Suprema Corte".

 

"Votei contra a aprovação do nome de Cristiano Zanin para o STF por entender, fundamentalmente, que a indicação pelo Presidente de seu advogado particular abre um precedente ruim para a independência da Suprema Corte. Realizei sabatina respeitosa e técnica como deve ser. Mantenho a minha coerência e meu compromisso com os eleitores paranaenses", escreveu o senador no Twitter.

 

Durante a votação no plenário do Senado, ele afirmou que a nomeação de Zanin, por ter sido advogado de Lula, é um “risco à independência” da Corte.

 

Além dele, antes da votação, o ex-deputado Deltan Dallagonol, cassado por decisão do TSE, afirmou: "o povo brasileiro não deseja que o advogado pessoal (e amigo) de Lula seja nomeado Ministro do STF".

 

Depois da confirmação do novo ministro, Dallagnol criticou o fato de a votação no Senado ter sido secreta.

 

Segundo ele, isso "expõe uma das maiores falhas da nossa democracia: a falta de transparência. É uma bela maneira de ensinar nossas crianças que, na vida adulta, nem todas as escolhas precisam ser justificadas. Especialmente as que impactam a vida de milhões de pessoas. Votação secreta é o famoso 'esconde-esconde' da democracia: quem não é visto, não é responsabilizado. O sigilo na votação para o STF é o álibi perfeito para quem não quer prestar contas à sociedade. Votar secretamente para aprovar uma indicação ao STF é, sem dúvida, uma forma de mitigar a responsabilidade dos senadores perante a sociedade", afirmou o político paranaense.

 

"Ao elegermos um representante, esperamos que ele ou ela aja de acordo com os interesses daqueles que ele representa, e a única forma de verificar isso é através da transparência em suas decisões. Se a votação para a aprovação de um ministro do STF é realizada de maneira secreta, como a população pode avaliar a postura de seus representantes? Como podemos exigir responsabilidade dos nossos senadores se nem sequer sabemos como eles votaram em questões tão fundamentais para a sociedade brasileira? É preciso lembrar que, no Brasil de hoje, os membros do STF têm poder para interpretar a Constituição do país e suas decisões têm um impacto direto e significativo na vida de todos os brasileiros. Portanto, a aprovação de um novo membro para este órgão deveria ser um processo altamente transparente, em que a sociedade pudesse acompanhar e entender as posições de seus representantes", completou Dallagnol.

 

Já o partido Novo argumentou que "votou contra por entender que a indicação [de Zanin para o STF] fere o princípio da impessoalidade". "Continuaremos nos opondo ao nefasto projeto de poder do PT", afirmou a sigla no Twitter.

 

Após a definição no Senado, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou nas redes sociais trechos de um vídeo antigo em que Lula afirmou que "[...] não era prudente, nem democrático, um presidente da República querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos".

 

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