Além de três presos, outras quatro pessoas são alvo da operação contra os supostos mandantes das mortes de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. As determinações judiciais são cumpridas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste domingo (24), foram detidos o delegado Rivaldo Barbosa, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. Além deles, outras quatro pessoas foram alvo da Polícia Federal. São eles:
- Érika Andrade de Almeida Araújo, mulher de Rivaldo Barbosa;
- Giniton Lages, delegado;
- Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinho DH, comissário;
- Robson Calixto Fonseca, o Peixe, assessor de Domingos.
Quem são os alvos
Érika Andrade de Almeida Araújo é advogada e está na mira da PF por suspeita de lavar dinheiro para o marido, Rivaldo Barbosa, delegado preso e investigado por suspeita de ajudar a planejar o crime e atrapalhar a apuração do caso. Ela terá de usar tornozeleira eletrônica como medida cautelar.
Giniton Lages é delegado e era titular da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro na época dos assassinatos. Ele é investigado por desviar curso das investigações, protegendo os mandantes do crime. Ele teria sido designado por Rivaldo Barbosa. Ele teve suspensão da função pública e terá de usar tornozeleira como medidas cautelares.
Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinho DH, é comissário e era chefe das investigações, além de subordinado mais graduado de Giniton. De acordo com g1, Marquinho é investigado por ter supostamente atuado juntamente com Giniton Lages para impedir as investigações dos homicídios, protegendo os mandantes. Sua participação incluiu a direção estratégica da investigação para afastar a suspeita dos irmãos Brazão, utilizando-se de depoimentos falsos e outras manobras para desviar a atenção das autoridades. Ele teve suspensão da função pública e terá de usar tornozeleira como medidas cautelares. Robson Calixto Fonseca, o Peixe, foi assessor de Domingos Brazão na Alerj e no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Ele foi alvo de busca e apreensão porque, na delação, Ronnie Lessa afirmou que Peixe acompanhou Domingos Brazão na primeira reunião sobre planejamento do crime. Ainda segundo Ronnie, Peixe era segurança informal de Domingos e cobrava dívidas para a milícia, conforme cita o g1.Dos citados, apenas Giniton Lages enviou nota ao portal g1. O texto cita que durante o tempo que presidiu o inquérito policial que apurou as mortes de Marielle e Anderson, fez todas as diligências necessárias para elucidação do caso. “Nosso compromisso inegociável sempre foi resolver o caso em sua integridade o que só não foi possível porque fui tirado da investigação, no dia seguinte à realização das prisões”, cita o texto, enviado ao g1.
foto: Reprodução / Facebook)
Fonte: G1