Suspeita de agredir e matar menino de dois anos é presa em SC
Segurança
Publicado em 11/03/2022

A suspeita de matar o pequeno Lyan de Oliveira, de apenas dois anos, em Ponte Serrada, no Oeste de Santa Catarina, foi presa na noite desta quinta-feira (10).

 

O crime ocorreu no último sábado (5), no Distrito de Bahia Alta, no bairro Cohab.

 

A Polícia Civil realizará uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, para esclarecer o caso.

 

No último sábado (5), por volta das 19h30, o menino de apenas dois anos de idade, deu entrada no hospital de Ponte Serrada com vários ferimentos pelo corpo.

 

A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar na unidade hospitalar, recebeu a informação de que, mesmo com todas as manobras de reanimação executadas pela equipe médica, a criança não resistiu e morreu.

 

As polícias Civil e Científica estiveram no local e passaram a investigar o caso e ouviram diversas testemunhas no decorrer da semana.

 

A vizinha do pequeno Lyan de Oliveira, de apenas dois anos de idade, que levou a criança ao hospital, relatou como foi o socorro do menino.

 

Diana Antunes Fernandes disse que havia retornado do mercado e ouviu gritos que vinham da casa ao lado.

 

A tia da criança teria saído pela porta e pediu por ajuda, com o menino nos braços, ela então disse que Lyan tinha caído e batido a cabeça.

 

“Jogou ele nos meus braços […]. Tentei erguer ele para cima pra ver se voltava a respirar, porque ele estava molinho já. Coitadinho, tentava respirar e desmaiava de novo”, relatou a mulher.

 

Ainda conforme Diana, a criança estava pálida e sangrava pelo nariz, como o menino não acordava, a vizinha o levou para dentro da residência e tentou reanimá-lo com massagem cardíaca, ao perceber que não seria suficiente, pediu socorro a outro vizinho, para o levar ao hospital.

 

Ela mora há quatro meses no bairro e disse não conhecer direito os tios da criança e que também conversava muito pouco com eles no dia a dia, mas também relatou que ouvia o choro dos pequenos diariamente.

 

“Teve um dia que a senhora [avó de Lyan], acho que é mãe dele [tio do menino], implorou pra não baterem nas crianças. Eles viviam trancados”, revelou.

 

De acordo com a mulher, no momento em que foi procurada para auxiliar no socorro de Lyan, apenas a tia, a avó e as outras crianças estavam na casa.

 

O tio do menino estaria no trabalho e só retornou após ser avisado do ocorrido.

 

A mesma moradora, assim como outras testemunhas, disse que o menino andava sem fraldas em casa e costumava apanhar porque fazia as necessidades fora do vaso sanitário. Na noite em que foi levado ao hospital, Lyan chegou até a unidade totalmente sem roupa.

 

Conforme as testemunhas, o Conselho Tutelar já havia realizado diversas “visitas” aos tios do menino.

 

Mãe trabalha em outra cidade

A mãe e Lyon, Simone de Oliveira, de 33 anos, mora em Brusque, no Vale do Itajaí, e afirmou que deixou a criança com o irmão e a cunhada para que pudesse trabalhar, mas que sempre estava em contato com a família.

 

Quando ela soube da morte do filho, ficou sem saber o que fazer. Ela disse que começou a gritar e não conseguia acreditar na notícia que tinha ouvido.

 

“Eu comecei a gritar, eu não acreditava que ele tinha morrido. Morreu do que? Meus filhos estavam bem, estavam com saúde. Como é possível de uma hora para outra uma criança ficar mal e morrer?”, disse a mulher.

 

Após a morte do menino, a mulher disse que não consegue dormir direito e que ainda não acredita que perdeu o filho.

 

“É uma coisa inacreditável! Uma coisa que nem eu até agora estou acreditando. Hoje eu até consegui dormir um pouco, fui dormir às 3h da madrugada. Eu não consegui dormir, não consigo me alimentar. Enquanto não vier a Justiça, eu não sei o que vou fazer da minha vida”, falou a mãe da criança.

 

*Com informações do Clic RDC.

 

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